Caminhando Em Silencio

A espécie humana é o mais importante fruto da linguagem. Sem a linguagem, seríamos como quaisquer outros animais. Assim, a literatura pode ser vista como a mais alta expressão do ser humano e a poesia, por sua vez, a mais alta expressão da literatura. Nas páginas de CAMINHANDO EM SILÊNCIO você vai encontrar a linguagem no seu ambiente mais puro, como a essência elementar da alma humana. E assim, brincando e recuperando a humanidade com a palavra, vamos percorrendo os desejos e os medos que nós, seres humanos, vamos descobrindo desde a juventude até a vida adulta. A busca incessante da felicidade. A relação com o desconhecido. A ausência plena de certezas. Tudo desembrulhado das ilusões passageiras pela própria poesia que fala através do poeta. Na Antiguidade, o poeta, o profeta e o filósofo conviviam numa mesma pessoa. Com o passar do tempo e o desenvolvimento das sociedades e do conhecimento, a humanidade foi separando o místico do literato e do pensador. Um pouco mais e o literato foi aos poucos devorando o poeta. Na modernidade, muitos alegam que a poesia morreu. O estágio líquido da sociedade impossibilitaria o lirismo. Talvez estejam certos. Seja como for, a poesia clama desde a região do Hades. Reclama sua posição na constituição do humano. Para que voltemos a sonhar e a lutar por um mundo onde a justiça prevaleça sobre interesses mesquinhos e a Terra receba o respeito devido à nossa própria casa. Sem a poesia, prevalece a besta fera sem princípios, sem amor, sem humanidade alguma. Mesmo os animais serão sempre melhores que os seres humanos sem poesia. Por isso, desafio você a ler CAMINHANDO EM SILÊNCIO e a meditar nesses versos como quem caminha por um lugar desconhecido, sabendo que quer encontrar algo, sem saber, contudo, exatamente o quê.